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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Descaso do Governo do RN com a Saúde Pública!



O Governo do Rio Grande do Norte anunciou na noite desta terça-feira (15), por meio de nota à imprensa, que a Secretaria de Saúde vai editar nesta quarta (16) ato normativo determinando o corte do ponto dos médicos grevistas. Os médicos servidores da rede estadual estão em greve há quase oito meses. Segundo a nota, a categoria permaneceu parada inclusive durante a vigência de decreto de calamidade pública na rede de urgência e emergência do RN.
G1 tentou contato com representantes dos médicos na noite desta terça para comentar a medida, mas não obteve êxito.

Na mesma nota, o Governo informa que enviará à Assembleia Legislativa um projeto de lei com proposta de aumento de 12% aos médicos servidores estaduais, tão logo se inicie o ano legislativo. O reajuste deve ser implantado em duas parcelas. Com a aprovação da lei a ser encaminhada à Assembleia, no mês de fevereiro de 2013, a remuneração dos médicos terá reajuste de 6%. E, em fevereiro de 2014, serão concedidos os outros 6%, sobre os valores atualmente vigentes (sem cumulação).
Ainda na nota enviada pela assessoria de comunicação, o Governo se diz "sensível às demandas dos profissionais médicos e entende a nobreza de sua missão, assim como tem plena ciência das dificuldades enfrentadas no cotidiano das unidades hospitalares. O Projeto de Lei que será enviado à Assembleia Legislativa traz uma solução compatível com a realidade financeira do Estado, neste momento. Paralelamente, o Governo vem tomando medidas destinadas a melhorar a gestão pública da saúde, dentre as quais se incluem a exigência de cumprimento das escalas médicas e a adoção do ponto eletrônico. Entendendo que essas também são medidas essenciais para fazer prevalecer o interesse coletivo sobre o particular, o Governo agirá com determinação, sem fazer concessões".
Segundo a própria nota, a proposta de 12% de aumento em duas parcelas já havia sido apresentada em reunião com os médicos em dezembro de 2012. A categoria pediu reajuste de 13,5%. De acordo com a nota, o Sindicato dos Médicos (SindMed) "rejeitou a proposta do Governo, mesmo sendo esta tão próxima da pleiteada, e, insensível à necessidade da população do Estado, insistiu na continuidade da greve".

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