Superlotação, falta de medicamentos e insumos, desabastecimento. Além dos problemas estruturais de conhecimento de todos, o Hospital Walfredo Gurgel enfrenta um outro obstáculo ao seu bom funcionamento: a escala médica. Distorções e o não cumprimento da carga horária comprometem a qualidade do atendimento e revelam um cenário de incapacidade gerencial por parte da direção do hospital.
O problema é antigo e a tentativa de resolvê-lo por parte da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) tem causado um verdadeiro embate entre médicos e governo. O ponto eletrônico foi instalado na unidade e uma portaria do dia 13 de dezembro passado estabeleceu o cumprimento integral da carga horária e o exercício do plantão de forma presencial, acabando com o sistema de sobreaviso. Na prática, a realidade é outra.
Na manhã de ontem, a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve no Walfredo Gurgel e a diretora da unidade, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, confirmou que o sistema de plantão de sobreaviso continua em vigor. “Algumas especialidades cumprem o plantão presencial, outras não”, disse Fátima Pinheiro. Segundo ela, as especialidades as quais os médicos cumprem a escala presencial são: cirurgia geral, ortopedia, bucomaxilofacial, clínica médica, intensivista e anestesiologia. Especialidades como neurologia, nefrologia, oftalmologia, urologia, angiologia e outras são plantões de sobreaviso.
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