Concomitantemente ao aumento do número de veículos roubados ou furtados no Rio Grande do Norte, nos últimos três anos, o índice de recuperação dos veículos em poder dos bandidos também aumentou. Em 2010, a polícia conseguiu recuperar 975 veículos. Até novembro passado, esse número saltou para 1.454. Mesmo assim, a população não sente-se segura e os seguros veiculares consomem boa parte do orçamento familiar. Além disso, a contratação de rastreadores apresenta-se como opção para se livrar de possíveis prejuízos.
O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Rio Grande do Norte (Sincor/RN), Alderi Alves, informa que o mercado de seguros no Brasil – englobando todo tipo de seguro – cresceu, no último ano, 20%. A expectativa para 2014 é um crescimento de 17%. “O nosso Estado está inserido nesse contexto de crescimento que é justificado pela venda de automóveis e a procura por outro tipo de seguro. No entanto, a proteção de veículos continua sendo o nosso filão”, explica.
O Sincor/RN tem, atualmente, 317 associados. O número corresponde à metade de corretores que, segundo Alves, atuam de fato no mercado potiguar. “Somos mais de 600 em todo Estado”, diz. Para ele, o mercado ainda tem condições de absorver mais demanda.
Mas quanto custa o seguro de um carro? A resposta não é fácil. As variáveis analisadas antes de chegar ao valor são muitas. As seguradoras analisam dados como: local onde o carro fica guardado durante a noite, bairro, idade, sexo e estado civil do motorista e, não menos importante, modelo do carro. O modelo, aliás, é fato que mais pesa. As seguradoras sabem quais os modelos são mais roubados e isso influencia no preço do seguro.
Em média, o proprietário de um veículo novo, modelo popular, paga R$ 1.400,00 para ter a tranquilidade de, em casos de roubo ou outros sinistros, não ter outros custos. Com relação a motos, o número de seguros de motos é insignificante.
Nos últimos anos, além dos seguros comuns, os proprietários de veículos adotaram outros mecanismos para evitar o furto ou diminuir o prejuízo com a ação dos bandidos. Travas elétricas, películas, alarmes e até mesmo blindagem são algumas das alternativas apresentadas pelo comércio especializado. Uma outra opção está ganhando espaço em Natal. Trata-se dos rastreadores veiculares. Discreto e eficiente, o dispositivo é capaz de informar com precisão onde o veículo está localizado.
Em Natal, a recém-chegada Inove Tecnologia é a primeira filial da empresa pioneira nessa ramo no Nordeste, a Segsat. De acordo com o diretor comercial da Inove, Agildo Bezerra, com um investimento de pouco mais de R$ 1 mil, o proprietário pode adquirir um aparelho e ter a assistência da empresa por um ano. “O sistema é simples. O proprietário pode visualizar a localização do carro até mesmo através do celular”, ressalta.
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